Programa Águeda Solidária, em entrevista
No âmbito do Águeda Solidária prestam-se serviços relacionados com tarefas básicas do dia-a- dia, como por exemplo a mudança de uma lâmpada que há muito deixou de funcionar, o arranjo de uma torneira que teima em pingar ou a troca de uma fechadura que já não é segura. No fundo, realizam-se trabalhos em casa de pessoas incapacitadas para o fazerem e/ ou que têm dificuldade em contratar serviços privados.
Maria Clarice Santiago, da Borralha, é uma das beneficiárias do projeto. Foi a diretora técnica do Centro de Dia da freguesia onde reside que a “meteu nestas coisas”. “Ela é que começou a dizer que eram uns senhores da Câmara que vinham cá e olhe eu deixei”, relata a septuagenária bem-humorada.
Já se habitou à presença dos colaboradores do Município destaca- dos para o serviço e garante que “é com todo o amor” que eles fazem os pequenos arranjos que a casa precisa. Com mobilidade reduzida, Maria Clarice Santiago reconhece a importância do apoio e assume que “se não fossem estes amigos, muito respeitadores”, não sabe quem mais a poderia ajudar.
Luís Pereira, colabora- dor da autarquia e membro ativo do programa desde que arrancou diz que se sente “um privilegiado de trabalhar com estas pessoas” e reconhece que juntamente com o colega de trabalho José Carlos Coutinho acabam “por ser amigos dos idosos” e “não apenas funcionários que fazem arranjos lá em casa”.
Atenta aos problemas dos idosos que frequentam o Centro de Dia do Centro Social e Paroquial da Borralha, a diretora técnica, Iola Antunes já encaminhou quatro utentes para o Águeda Solidária. Está sempre presente na primeira visita dos colaboradores do projeto a casa das pessoas que recomenda, pois sabe que os idosos têm muita dificuldade em deixar entrar em casa desconhecidos. Este é o “único entrave” que sente quando fala do projeto a algum utente, mas que depois de ultrapassado, “já não querem outra coisa e até anseiam a visita.